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21 anos após anunciar ser portador do vírus HIV,
Magic Johnson se mostra forte e saudável
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Nascido no dia 14 de agosto de 1959, em Lansing, capital
do estado norte-americano de Michigan, Easvin Johnson Jr, conhecido
mundialmente como Magic Johnson, foi um dos maiores jogadores de basquete do
planeta. O ex-armador dos Los Angeles Lakers e da Seleção dos EUA, anunciou sua
aposentadoria precoce das quadras, após descobrir ser portador do vírus HIV.
Com a ajuda de remédios e exercícios, Magic Johnson tem levado uma vida normal,
não desenvolvendo nenhum sintoma da AIDS.
Aos 15 anos de idade, Johnson já mostrava seu talento nas
quadras, quando foi chamado de Magic (mágico) por um jornalista, após conseguir
um memórável “Triple-Double”(marca de dois dígitos em três fundamentos do
basquete) com 36 pontos, 18 rebotes e 16
assistências, na partida realizada no colégio Everett Lansing High School.
Não demoraria muito para que Magic fosse chamado para uma
grande equipe da NBA. Ele, então, fez parte de uma dinastia de cinco títulos em
Los Angeles, sendo o primeiro em 1980, seu ano de calouro. Os outros vieram em
1982, 1985, 1987 e 1988. Sua marca de 11,2 assistências por jogo não foi
superada até hoje.
Magic ficou conhecido por levar o Show Time de volta aos
Lakers, ao ser reconhecido como o Most Valuable Player, o jogador mais valioso
da liga americana, das finais da temporada de 1979-1980, ao marcar 42 pontos,
jogando como pivô, ala e armador durante aquele jogo.
Eleito três vezes como melhor jogador da temporada e
figura fácil no All-Star Game, partida com os melhores atletas da NBA, com 12
participações, Johnson entrou para o Hall da Fama do basquete, em 2002.
Em 1991, o jogador de basquete chocou o mundo ao revelar
que era portador do vírus HIV. Ele passou algum tempo afastado das quadras,
mas, no ano seguinte, participou das Olimpíadas de Barcelona, ajudando seu time
a garantir a medalha de ouro.
Na ocasião, Johnson integrou o Dream Team (time dos
sonhos), eleita a melhor equipe de basquete de todos os tempos, que também
contava com Michael Jordan e Larry Bird.
Logo em seguida, Magic Johnson anunciou sua aposentadoria
do basquete, para tratar de sua doença. No mesmo ano, ele fundou um instituto
Magic Johnson Foundation (MJF), que se destina à prevenção, tratamento e
educação sobre a Aids.
Em 1993, Magic decidiu seguir a carreira de treinador,
assumindo sua ex-equipe, Los Angeles Lakers, nas últimas 16 partidas na fase
regular da NBA daquela temporada. Porém, ele desistiu do cargo, antes de chegar
aos playoffs da Liga.
Antes de virar executivo da equipe, posição que ocupa até
hoje, Johnson surpreendeu a comunidade do basquete mais uma vez em 1996, quando
voltou às quadras. Muito acima do peso normal, ele disputou as 32 últimas
partidas da etapa de classificação pelo Lakers, sendo eliminado no primeiro
round dos playoffs, pelo Houston Rockets. Naquele momento, sim, encerrava-se
uma das trajetórias mais incríveis do esporte profissional.
Como homenagem, os Los Angeles Lakers imortalizaram a
camisa 32, usada pelo ex-atleta.
Magic Johnson conta em seu livro intitulado “Quando o Jogo
era Nosso” os casos de homofobia nos bastidores dos jogos. Na obra, ele fala de
sua relação com o jogador Isiah Thomas, ex-atleta do Detroit Pistons. O jogador
dizia que Johnson devia ser gay ou bissexual, por ter contraído o vírus da
AIDS.
A postura homofóbica de Thomas tinha como objetivo fazer
com que Magic não participasse do Dream Team, das Olimpíadas de 1992. Devido
este fato, Johnson fez um pacto com Michael Jordan, Larry Bird, Scottie Pippen,
para isolar Thomas, da equipe que ganhou a medalha de ouro na competição
realizada em Barcelona.
Reportagem: Marcus Vinicius Dias Magalhães