Uruguaiana, fundada em 24 de fevereiro de 1843,
emancipou-se em 29 de maio de 1846. Situada na microregião campanha ocidental,
limitando-se ao norte: município de Itaqui, ao sul com a República Oriental do
Uruguai, ao leste com Alegrete e Quaraí e a oeste com a República Argentina. Sua
área é de 5.452 Km2 com uma população de 136.364 habitantes (Fonte IBGE/ 2006).
Possui altitude de 74
metros e temperatura média máxima de 26,2c e a mínima de
12,96c. Sua etnia foi originada por grupo nômades indígenas e posteriormente os
elementos colonizadores foram os espanhóis, portugueses e africanos. As
correntes migratórias modernas são representadas por italianos, alemães,
espanhóis, franceses e árabes. Distante 634 Km da capital do Estado, com acessos pela
BR 290 e BR 472. A
principal atividade econômica é agropecuária, com sua extensa lavoura de arroz
e gado de corte e reprodução. Uruguaiana é a maior porta de entrada de turistas
do Estado, registrando mais de 100.000 turistas do prata, chilenos, paraguaios
e demais países. Nesta terra foi destilado o primeiro litro de petróleo,
banhado por um pampa privilegiado, onde a tendencia é desenvolver o turismo
rural, e com uma ampla rede hoteleira. Em 152 anos de existência, o nosso
Município figura como 4º maior do Estado, o maior porto-seco da America
Latina,com 80% da exportação nacional atravessando a Ponte Internacional e certamente,
caminha para solidificar-se como a "Capital do Mercosul". As terras
que hoje constituem o município Uruguaiana, no início do século XVI,
integravam-se na Captania de São Paulo, pois a ela estavam subordinadas todas
as terras que dali se estendiam para o sul, até o rio prata. Em 1735, quando o
brigadeiro José da Silva Pais assumiu o comando da província do Rio Grande de
São Pedro, mandou construir uma fortificação na entrada do canal que liga a
lagoa dos patos ao atlântico, o que possibilitou o desligamento dessa província
da ingerência paulista em 1738, passou à juridição do governo constituído em Santa Catarina , que
abrangia os atuais territórios deste estado e do Rio Grande do Sul, porém na
dependência da capitania do Rio de Janeiro. Em 1760, com a nomeação do coronel
Inácio Eloi de Madureira, para o governo do Rio Grande de São Pedro, estas
terras foram desligadas da jurisdição de Santa Catarina, passando a formar uma
província autônoma no período do Brasil colônia. As terras pertencentes ao
município de Alegrete, que antes pertenciam ao de Cachoeira, é que surgiu
Uruguaiana, como município independente. A concessão mais antiga das terras na
paróquia de Uruguaiana foi feita por D. Diogo de Souza Silveira de Souza, em
1814, entre Ibicuí e Ibirocai. Inumeras outras terras foram concedidas ou
compradas nesta região. A partir de 1835, com o desenrolar da revolução
farroupilha, tinha o governo republicano apoderado-se de toda a margem do
Ibicuí, daí a necessidade de fundar uma povoação à esquerda do Uruguai,
conveniente tanto do ponto de vista militar como fiscal por ser fronteira,
lugar de contrabando. Tal atitude deve-se a domingos José de Almeida. Após uma
série de diligências, foi escolhido o local, denominado "Capão do
Tigre", nas terras de Manoel Joaquim Couto Rico. Quem mais influenciou na
escolha do novo local foi o general Davi Canabarro, que era o comandante
militar desta fronteira. Pelo decreto n° 21 de 24.02.1824, o General Bento
Gonçalves da Silva, então Presidente da República do Rio Grande de Piratini,
autorizou a criação de uma "capela curada" denominada "Capela do
Uruguai" no "Capão do Tigre" cujo território, assim como o de
Santana faziam parte de 2° distrito de Alegrete. O novo povoado chamava-se, no
início, Santana do Uruguai, a posterior demarcação das divisas da cidade e o
traçado das ruas , deve-se a Duque de Caxias e a Domingos José de Almeida. A
lei provincial n° 58 de 29 de maio de 1846, elevou à categoria de vila a
povoação de Santana do Uruguai, a qual passou a chamar-se Uruguaiana, cabendo
ao presidente da província marcar provisoriamente os limites do município,
sendo assim desmembrado seu território do de alegrete, a que pertencia e de
onde veio uma comissão para instalar o novo município. Em 24.04.1847,
instalou-se a Câmara Municipal de Uruguaiana com os seguintes vereadores:
Venâncio José, Manoel Tomás do Prado Lima, Manoel Dória da Luz, Narciso Antônio
de Oliveira, Francisco José Dias, Teoldino de Oliveira Fagundes e José Pereira
da Silva. Pela lei n° 898 de 06.04.1874, Uruguaiana foi elevada a categoria de
cidade. Através da lei n° 965 de 31.03.1938, foi estabelecida a divisão
administrativa e judiciária do estado, pela qual o município dividiu-se em seus
distritos a saber: Uruguaiana, Ibicuí, Colônia das Rosas, Plano Alto e Ipané, a
sede do distrito de Ibicuí foi elevado a categoria de vila.
BRASÃO DE URUGUAIANA
Escudo português esquartelado. No primeiro quartel,
em campo de Blau, duas lanças de ouro cruzadas, significando a fundação da
cidade durante o período farroupilha; no segundo, em campo de goles, a Medalha
da Rendição de Uruguaiana, de ouro; no terceiro, em campo de goles, uma
corrente de prata, partida, significando a liberação dos escravos, em
Uruguaiana quatro anos antes da lei Aurea e no quarto, em campo de blau, três
faixas ondeadas de prata, simbolizando o Rio Uruguai, que deu o nome da cidade.
Corôa mural de cidade, com quatro torres de prata. Como suportes, dois leões de
prata, armados e lampassados de goles, significando a situação excepcional do
Município, lidando com dois países americanos. Listel de prata com o nome da
cidade em Blau e a data de sua fundação – 24/2/1843.
BANDEIRA
DE URUGUAIANA
Instituida
pela Lei n° 1.284/75 de 29/05/1975
HINO
DE URUGUAIANA
Letra
e Música de Silvio Rocha
Uruguaiana
Feliz
tu nasceste
À
beira de um rio
Sorrindo
ao luar
Uruguaiana
Cidade
alegria
Ouve
a melodia
Deste
meu cantar
É
um canto modesto
Que
é o manifesto
Do
meu coração
Ele
quer adorar-te
Pois
tu fazes parte
Do
nosso torrão
No
jardim de meu país
És
também uma flor
O
teu povo é feliz
Vivendo
neste esplendor
Cidade
Fronteira
És
toda coberta
De
um céu cor de anil
Tens
a honra mais bela
De
ser sentinela
Do
nosso Brasil
Lei
n° 1.064/71 de 04/08/1971
URUGUAIANENSES
ILUSTRES
Alceu
Wamosy - escritor
Alice
Soares - artista plástica
Ayres
Câmara Cunha - sertanista, escritor e poeta
Eustáquio
Ormazabal - fundador do grupo Ipiranga
Gonçalves
Vianna - poeta
João
Baptista Lusardo - embaixador
João
Francisco Tellechea - fundador do grupo Ipiranga
Luiz
de Miranda - poeta
Raul
Pont - historiador
Ricardo
Duarte - escritor
Soares
Tubino - poeta
Tabajara
Ruas - escritor
Urbano
Lago Villela - escritor
Urbano
Lago Villela Filho - artista plástico
Vasco
Prado – escultor
Antônio Almeida Junior - blogueiro
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