terça-feira, 1 de maio de 2012

AYRTON SENNA, 18º ANO DE FALECIMENTO

Um brasileiro chamado Ayrton Senna da Silva:
Dez entre dez duelos que eletrizavam a Fórmula 1 nas décadas de 80 e 90 tinham como combustível o brasileiro Ayrton Senna da Silva e sua obstinação pela vitória. Por trás do capacete, estava um rapaz tímido, doce, com vocação nata para a velocidade, submetendo-se com muita determinação ao ideal de ser campeão nas impiedosas competições da Fórmula 1.

"Vocês nunca conseguirão saber como um piloto se sente quando vence uma prova. O capacete oculta sentimentos incompreensíveis".

Ayrton imprimiu no álbum de memórias da Fórmula 1 o traço raro do artista que elege a obra como causa única e primeira de sua existência. Em dez anos de carreira, foi e é considerado um dos maiores fenômenos do automobilismo, esteve sempre no olimpo dos grandes, onde enfrentou o arrojo de Nigel Mansell, a classe e o perfeccionismo de Alain Prost, dividindo com eles os títulos mundiais, e partindo sempre na frente. O público corria junto, ultrapassava, parava nos boxes e subia ao pódio com Ayrton.
Herói e mito da Fórmula 1
Há quase vinte anos, o Brasil parecia andar para trás - a economia estava estagnada e a democracia sofria as incongruências políticas dos governos -, mas um jovem audacioso e competitivo, que voava empurrado pela mais avançada tecnologia, parecia incorporar o espírito de um brasileiro vencedor. A cada vitória na Fórmula 1, agarrava a bandeira do Brasil nas mãos e a fazia tremular. Por breves instantes, milhões de brasileiros sentiam-se imbatíveis. Tricampeão mundial, Ayrton Senna da Silva – paulistano nascido à 1 hora e 15 minutos do dia 21 de março de 1960 – acumulou 41 vitórias e 65 pole positions na Fórmula 1.
Junto aos jogadores de futebol Pelé e Ronaldo, Ayrton tornou-se um dos poucos heróis aclamados por unanimidade pelos brasileiros. Rompia padrões de comportamento, fazia mostrar sentimentos escondidos – era possível vencer sim, no Brasil ou lá fora, com disciplina, determinação, superação, ousadia, motivação. Seu desaparecimento trágico, interrompendo o auge de uma trajetória, elevou-o, dentro e fora do país, à condição do mito que encarna ideais de realização. A tenacidade era um deles. Prova do carinho dos brasileiros, Ayrton Senna hoje é nome de vinte e uma avenidas, seis estradas, cinco praças, sete ruas, três viadutos, duas pontes, duas ciclovias, um túnel e quatro monumentos no Brasil. O piloto também é tema de pelo menos 83 livros traduzidos para o português, inglês, italiano, francês e japonês.
Uma legião de torcedores integra fã-clubes na Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Japão, Suíça e, claro, no Brasil. Gente que não só acompanhava os GPs e colecionava tudo sobre o ídolo, mas que confessa ter incorporado - nos detalhes do dia a dia ou nos grandes desafios de suas vidas - ser também grande, dar o máximo de si e se empenhar em tudo o que faz, como Ayrton fazia. Quanto mais se superava nas pistas, mais o piloto brasileiro fazia os torcedores expandirem a alma, na arquibancada ou em frente à tela da TV.
"Você pode ir embora numa fração de segundos, então se dá conta de que não é ninguém, não é nada. Sua vida pode acabar de repente. Isso é parte da vida. Ou você encara com profissionalismo ou não faz automobilismo. Eu gosto muito do que faço para desistir".
Fonte(s):
http://senna.globo.com/institutoayrtonsenna/

Nenhum comentário:

Postar um comentário